O Fundo das Nações Unidas para a Infância defendeu ontem que as escolas encerradas devido à pandemia da COVID-19 devem reabrir. A organização estima que 600 milhões de crianças em idade escolar são afectadas pelas medidas de restrição em todo o mundo.
Desde que a Organização Mundial da Saúde declarou que o surto do novo Coronavírus constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, as escolas têm estado a funcionar e fechar em função da evolução da doença, para o pior ou para o melhor.
É assim em todos os países. Porém, o Fundo das Nações Unidas para a Infância não concorda. Diz que isso não pode continuar e justifica que as escolas devem ser os últimos lugares a encerrar e os primeiros a reabrir.
O continente africano, por exemplo, vive um forte surto de pandemia há vários meses. Como consequência, 32 milhões de crianças viram as suas escolas serem encerradas ou não voltaram quando foram reabertas.
Na óptica do porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância, James Elder, citado no site da organização, a reabertura dos estabelecimentos de ensino não pode esperar até que os alunos e professores estejam vacinados. Os governos e doadores devem proteger o orçamento da educação, apesar das dificuldades económicas causadas pela pandemia da COVID-19.
A escolha, entre abrir ou encerrar as escolas, às vezes é difícil para as autoridades. Contudo, é preciso garantir a continuidade do processo de ensino e aprendizagem.
Falando durante uma conferência de imprensa em Genebra, James Elder disse que a educação, a segurança, os amigos e a comida foram substituídos por angústia, violência e há cada vez mais adolescentes grávidas.(OPaís)
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